Adolf Loos (1870-1933), notável arquiteto nascido em Brno e educado no interior, é surdo até os doze anos, e talvez esta limitação física influa em seu caráter e em seu destino, com um temperamento isolado como homem antes do que como artista.
Entre 1893 e 1896, enquanto na Áustria começa a polêmica modernista de Wagner, Loos viaja pela Inglaterra e pela América. Voltando à pátria, começa a trabalhar com dificuldade, realiza algumas decorações e, em 1904, o primeiro edifício: a Villa Karma, inspirada em Wagner pelo ordenamento parcialmente simétrico, pelo uso de superfícies amplas e de aberturas límpidas, contrapostas à ordem dórica isolada que marca a entrada principal; o reboco branco, contudo, igualando todos os elementos do edifício, abole o costumeiro contraponto cromático e restabelece as determinações volumétricas tradicionais, que tornam esta arquitetura bastante mais encorpada e menos rebuscada do que os modelos wagnerianos.
Adolf Loos, também inspirado em Otto Wagner, realiza uma arquitetura com marcos tradicionais, criando a teoria Raumplan. Como precursor da Raumplan, Loos tratava a relação do ambiente com o homem, cada espaço deveria ser projetado individualmente, e o desenvolvimento da planta se daria em diferentes cotas, de acordo com a vivência ali feita e os volumes em desníveis, através do desenho, seriam encaixados e formariam o conjunto. Através das variações de altura das divisões, bem como das proporções adotadas e das mudanças de materiais, é estabelecida uma hierarquia entre os diversos espaços; criam-se zonas dentro da casa, definindo também graus de intimidade de cada divisão.
Quando Loos desenvolveu seu conceito de Raumplan, seguindo a livre disposição dos volumes internos, em suas últimas obras, as casas Moller e Muller ele demonstrou sua predileção por formas cúbicas, manipulando o prisma. Aplicou essa teoria na construção de um conjunto de casas em massa, criando vários cubos que eram interligados por estufas e terraços onde era possível cultivar o próprio alimento. Sua influência foi indispensável para a criação do programa topológico do Purismo, a planta livre com o volume irregular.
Em 1908, escreveu o manifesto chamado "Ornamento e Crime", no qual procura claramente aliviar o peso da ornamentação em prol da funcionalidade, fazendo críticas em relação ao domínio do arquiteto sobre a construção. Segundo Adolf Loos, deveria existir uma diferença entre o que era ou não estrutural na obra, alegando que cada morador específico deveria ter direito de escolher sua própria decoração, de acordo com o próprio gosto. O arquiteto não iria decorar, mas conceber a obra, somente as paredes lhe pertenciam, ele criaria todas as partes fixas dela, e as móveis não sofreriam influência dele.
Entre 1893 e 1896, enquanto na Áustria começa a polêmica modernista de Wagner, Loos viaja pela Inglaterra e pela América. Voltando à pátria, começa a trabalhar com dificuldade, realiza algumas decorações e, em 1904, o primeiro edifício: a Villa Karma, inspirada em Wagner pelo ordenamento parcialmente simétrico, pelo uso de superfícies amplas e de aberturas límpidas, contrapostas à ordem dórica isolada que marca a entrada principal; o reboco branco, contudo, igualando todos os elementos do edifício, abole o costumeiro contraponto cromático e restabelece as determinações volumétricas tradicionais, que tornam esta arquitetura bastante mais encorpada e menos rebuscada do que os modelos wagnerianos.
Adolf Loos, também inspirado em Otto Wagner, realiza uma arquitetura com marcos tradicionais, criando a teoria Raumplan. Como precursor da Raumplan, Loos tratava a relação do ambiente com o homem, cada espaço deveria ser projetado individualmente, e o desenvolvimento da planta se daria em diferentes cotas, de acordo com a vivência ali feita e os volumes em desníveis, através do desenho, seriam encaixados e formariam o conjunto. Através das variações de altura das divisões, bem como das proporções adotadas e das mudanças de materiais, é estabelecida uma hierarquia entre os diversos espaços; criam-se zonas dentro da casa, definindo também graus de intimidade de cada divisão.
Quando Loos desenvolveu seu conceito de Raumplan, seguindo a livre disposição dos volumes internos, em suas últimas obras, as casas Moller e Muller ele demonstrou sua predileção por formas cúbicas, manipulando o prisma. Aplicou essa teoria na construção de um conjunto de casas em massa, criando vários cubos que eram interligados por estufas e terraços onde era possível cultivar o próprio alimento. Sua influência foi indispensável para a criação do programa topológico do Purismo, a planta livre com o volume irregular.
Em 1908, escreveu o manifesto chamado "Ornamento e Crime", no qual procura claramente aliviar o peso da ornamentação em prol da funcionalidade, fazendo críticas em relação ao domínio do arquiteto sobre a construção. Segundo Adolf Loos, deveria existir uma diferença entre o que era ou não estrutural na obra, alegando que cada morador específico deveria ter direito de escolher sua própria decoração, de acordo com o próprio gosto. O arquiteto não iria decorar, mas conceber a obra, somente as paredes lhe pertenciam, ele criaria todas as partes fixas dela, e as móveis não sofreriam influência dele.
A abolição da ornamentação como progresso que mais controvérsia gera. É então preciso lembrar que este manifesto é escrito contemporaneamente com o Arts and Crafts , que é a favor e usa abundantemente da ornamentação, logo compreendemos que vem em agressiva reação, não só a estes mas também a toda uma classe que vive esse movimento.
Em sua obra “A história de um pobre homem rico” Adolf ironiza Joseph Maria Olbrich e Henry van de Velde, dizendo que era desperdício tanta ornamentação, pois a obra excessiva não duraria mais do que alguns anos, perdiam-se material e tempo, além de existir uma escravidão do artesão, pois ele não poderia usufruir dessas ornamentações e nem possuía mais o direito de livre escolha de sua arte. Com todas essas críticas e argumentos Loos acabou por isolar-se de seus contemporâneos, sucessores e secessionistas.
Em sua obra “A história de um pobre homem rico” Adolf ironiza Joseph Maria Olbrich e Henry van de Velde, dizendo que era desperdício tanta ornamentação, pois a obra excessiva não duraria mais do que alguns anos, perdiam-se material e tempo, além de existir uma escravidão do artesão, pois ele não poderia usufruir dessas ornamentações e nem possuía mais o direito de livre escolha de sua arte. Com todas essas críticas e argumentos Loos acabou por isolar-se de seus contemporâneos, sucessores e secessionistas.
Para ele a arquitetura deveria se preocupar com o contexto e não aplicar teorias sem estudar antes o que ocorre ao seu redor, o vestuário deveria ser sem ostentação e o mobiliário anônimo. Com esses pensamentos ele acabou por ter uma grande conexão com os anglo-saxões, devido à simplicidade, procurava combinar o interior característico deles com as formas clássicas, um exterior simples que guardava um interior adaptado ao contexto.
Segundo a crença de que as paredes pertenciam ao arquiteto, Adolf Loos usava, em edifícios públicos, tetos quase sem adornos, enquanto os privados eram ornamentados em madeira ou metal, às vezes realçados por vigas de madeira, os pisos eram em madeira, cobertos por tapetes orientais, enquanto os arredores das lareiras, frequentemente de tijolos, apresentavam uma textura que contrastava com os destaques da iluminação, já no restante da parede ele criava painéis para servir de cobertura.
Segundo a crença de que as paredes pertenciam ao arquiteto, Adolf Loos usava, em edifícios públicos, tetos quase sem adornos, enquanto os privados eram ornamentados em madeira ou metal, às vezes realçados por vigas de madeira, os pisos eram em madeira, cobertos por tapetes orientais, enquanto os arredores das lareiras, frequentemente de tijolos, apresentavam uma textura que contrastava com os destaques da iluminação, já no restante da parede ele criava painéis para servir de cobertura.
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